Há meses em que o mercado cripto parece adormecido, e há outros em que ele desperta com energia nova. Outubro costuma ser um desses períodos em que a expectativa se transforma em movimento. É quando os investidores voltam a acreditar no poder cíclico dos mercados e evocam o termo que virou tradição entre traders: Uptober. A ideia vem do histórico curioso de nove altas nos últimos dez outubros do Bitcoin, o suficiente para transformar o mês em um símbolo de otimismo.
Mas, neste ano, o entusiasmo não vem apenas da memória coletiva. Ele vem também da análise fria e detalhada do maior banco de investimentos do Brasil. A plataforma de criptoativos do BTG Pactual, a Mynt, publicou um relatório apontando cinco ativos digitais com potencial para liderar os ganhos de outubro: Bitcoin, Ethereum, Solana, Avalanche e Sky, o novo nome do MakerDAO.
A seleção reflete mais do que o humor do mercado. Ela mostra como o maior banco da América Latina está lendo o cenário cripto e onde acredita que o capital institucional encontrará espaço para crescer. O relatório da Mynt fundamenta suas escolhas em três pilares essenciais: demanda institucional crescente, segurança de rede e relevância prática nas economias digitais.
O que o BTG parece enxergar neste Uptober é mais do que um possível rali. É o indício de um mercado que amadureceu e começa a separar a euforia do propósito.
Bitcoin: o pilar de confiança
Nenhuma lista de recomendações em cripto começa sem o Bitcoin, mas o relatório da Mynt explica com precisão por que ele continua sendo o ativo central. Para o BTG, o Bitcoin é o pilar de longo prazo, sustentado por três fundamentos imutáveis: liquidez global, segurança de rede e histórico de adoção consistente.
Em setembro, os ETFs à vista de Bitcoin movimentaram mais de 3,5 bilhões de dólares em novos aportes. Além disso, empresas adicionaram 43 mil unidades da moeda a seus balanços, o que equivale a mais de 5 bilhões de dólares em valores atuais. Esses números não são simples entradas de capital, mas declarações de confiança no futuro da moeda.
O banco vê no Bitcoin não apenas uma reserva de valor, mas um ativo institucional consolidado. Ele é a âncora de um sistema em constante mutação. E, num ambiente em que tudo oscila, a sua previsibilidade se torna sua maior força. O fortalecimento dos ETFs nos Estados Unidos reforça essa percepção: o Bitcoin deixou de ser um experimento e se tornou um componente fixo na arquitetura financeira do século XXI.
Ethereum: a espinha dorsal das finanças on-chain
Enquanto o Bitcoin é o pilar da confiança, o Ethereum continua sendo o motor que faz o sistema funcionar. O relatório da Mynt destaca que a rede concentra a maior parte do volume de stablecoins e de projetos de tokenização de ativos reais. Nos últimos seis meses, ETFs de Ether nos Estados Unidos receberam 11,3 bilhões de dólares, e as tesourarias corporativas compraram mais de 800 mil unidades da criptomoeda apenas em setembro.
Esses números comprovam que o Ethereum se tornou a infraestrutura central das finanças descentralizadas. Ele é o laboratório em que o novo sistema financeiro global está sendo testado, não apenas por desenvolvedores independentes, mas por bancos, fundos e empresas que levam títulos e moedas para o ambiente blockchain.
O BTG destaca que o Ethereum é hoje a síntese entre inovação e conformidade. É o território onde a descentralização se encontra com as exigências do mundo regulado, criando um espaço em que o risco tecnológico e o controle jurídico se equilibram.
Solana: velocidade como argumento de adoção
Entre os nomes escolhidos pela Mynt, a Solana representa a força da eficiência. Após enfrentar crises e interrupções em 2022, a rede ressurgiu como uma das mais ativas do mundo. Em três meses consecutivos, processou mais de 100 bilhões de dólares em volume de exchanges descentralizadas e superou a marca de 30 bilhões em valor total bloqueado.
Esses números mostram que a Solana conseguiu o que parecia improvável: reconquistar a confiança do mercado. Com transações rápidas, custos baixos e crescente adoção institucional, ela se consolidou como o principal exemplo de escalabilidade no ecossistema cripto.
A expectativa de aprovação de ETFs de Solana reforça esse movimento. O BTG vê na rede uma infraestrutura de alto desempenho, capaz de sustentar aplicações que vão de jogos a pagamentos instantâneos. Em sua análise, a Solana representa a etapa seguinte da usabilidade, em que blockchain deixa de ser promessa e se torna ferramenta.
Avalanche: o ecossistema corporativo
A Avalanche surge na lista por um motivo estratégico. Sua arquitetura modular permite que empresas criem blockchains personalizadas, conhecidas como sub-redes, que podem operar de forma pública, privada ou híbrida. Esse modelo oferece o equilíbrio perfeito entre inovação e controle.
O BTG Pactual observou um aumento de 46% nas transações diárias e uma alta de 421% nas transferências de stablecoins nos últimos três meses. Esses dados não apenas demonstram o crescimento de uso, mas revelam o apelo da Avalanche para empresas que querem adotar blockchain sem abrir mão de suas exigências regulatórias.
Em tempos de tokenização de ativos reais, a Avalanche se posiciona como uma ponte entre o mundo tradicional e o digital. É o elo entre o compliance corporativo e a fluidez da inovação.
Sky (MakerDAO): o retorno à disciplina financeira
O quinto nome escolhido pelo BTG é o mais simbólico. O MakerDAO, pioneiro das finanças descentralizadas, renasceu com o nome Sky Protocol. Seu token, SKY, reflete uma reestruturação completa do projeto, que hoje se sustenta em fundamentos sólidos e visão de longo prazo.
O relatório destaca dois fatores centrais: a força da stablecoin USDS, com quase 8 bilhões de dólares em circulação, e o programa de recompra de tokens, que já superou 77 milhões de dólares. O Sky Savings Rate, taxa variável de rendimento atualmente próxima de 4,75%, cria uma alternativa de renda estável em meio à volatilidade global.
O BTG interpreta esse novo momento como um retorno à disciplina econômica. O Sky representa o amadurecimento do setor DeFi, que deixa de ser um experimento de alta rentabilidade e se aproxima de um modelo sustentável, pautado em transparência e gestão financeira.
O significado de Uptober
O termo Uptober pode soar como superstição, mas há uma lógica histórica por trás dele. Outubro costuma marcar o início dos ciclos de otimismo, quando a liquidez aumenta, as políticas monetárias se tornam mais flexíveis e os investidores voltam a correr riscos.
O BTG não aposta em sorte, mas em fundamentos. O relatório sugere que o Uptober de 2025 será o reflexo de um mercado que aprendeu a amadurecer. O foco não está mais apenas em narrativas, mas na solidez dos projetos. Os ativos que combinam segurança, escalabilidade e aplicação real devem liderar o próximo ciclo.
Bitcoin e Ethereum continuam sendo os pilares da confiança. Solana e Avalanche representam a infraestrutura de uma nova fase de adoção. Sky é o retorno à prudência financeira, mostrando que descentralização também pode significar estabilidade.
O verdadeiro Uptober não é um milagre de calendário. É a evidência de que o mercado, após anos de turbulência, começa a crescer com propósito e consciência.
Aviso Legal
Este artigo é apenas para fins informativos e não constitui aconselhamento financeiro. Investir em dólares ou produtos relacionados envolve riscos.
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