XRP, o Azarão de Wall Street: Como um Token Subestimado Pode Virar o Jogo

Imagine uma emocionante corrida de cavalos que acontece no icônico hipódromo de Wall Street. Todos os holofotes estão voltados para os favoritos...

O azarão entra na pista

Imagine uma emocionante corrida de cavalos que acontece no icônico hipódromo de Wall Street. Todos os holofotes estão voltados para os favoritos: Bitcoin, o garanhão que deu início à revolução das criptomoedas, e Ether, o puro-sangue que se reinventou como uma plataforma inovadora para contratos inteligentes. Nas arquibancadas, investidores e gestores de ativos observam atentamente cada movimento desses gigantes, convencidos de que a competição já está decidida a favor dos favoritos. Mas, em um canto quase esquecido, está o azarão da corrida. Ele não possui a elegância de seus concorrentes, não tem um pedigree cultural renomado e carece do carisma que atrai o público. No entanto, para alguns, é exatamente esse competidor improvável que pode surpreender a todos com um desempenho explosivo nos últimos metros da corrida. Esse azarão é conhecido como XRP.

A virada judicial

É importante notar que o XRP não é um ativo que desperta paixões e resistências apenas recentemente. Criado como o token nativo da Ripple, sua proposta sempre foi bastante prática: servir como a engrenagem de liquidez em um sistema de pagamentos internacionais. Enquanto o Bitcoin surgiu como uma rebelião contra instituições bancárias e governos, o XRP buscou ser o óleo que mantém as engrenagens do fluxo financeiro em movimento. Contudo, essa proximidade com instituições financeiras lhe custou caro. Durante anos, a Ripple enfrentou a rigorosa fiscalização da Securities and Exchange Commission (SEC), que acusava o token de ser um valor mobiliário disfarçado. Esse processo se arrastou, bloqueando listagens em várias corretoras e transformando o XRP em um símbolo de incerteza regulatória, fazendo com que muitos o considerassem fora da disputa.

No entanto, o tempo tem suas ironias. Em julho de 2023, uma decisão judicial crucial mudou o cenário: o tribunal declarou que o XRP, quando negociado em mercados secundários, não é um valor mobiliário. Essa sentença abriu novas oportunidades para que investidores voltassem a olhar para o ativo com menos receio. Foi como se o azarão tivesse se libertado das amarras que o impediam de competir livremente. Embora ainda não fosse o favorito, ele já estava de volta à pista, pronto para uma nova corrida.

ETFs: o próximo capítulo

É nesse ambiente que começa a surgir uma onda de pedidos para criação de ETFs lastreados em XRP. Quando os primeiros ETFs de Bitcoin foram aprovados nos Estados Unidos, em janeiro de 2024, o ceticismo prevalecia. Muitos analistas previam que ninguém estaria interessado em comprar essas cotas. No entanto, em poucos meses, bilhões de dólares fluiram para esses fundos, provando que o apetite institucional era real. O mesmo padrão se repetiu com o Ether. Agora, o foco se volta para o XRP. Será que seria possível repetir essa história de sucesso? Para alguns gestores, a resposta é um sonoro sim. E não apenas repetir, mas surpreender ainda mais o mercado.

A semana decisiva de outubro

O calendário é significativo. Entre os dias 18 e 25 de outubro de 2025, a SEC tomará decisões sobre seis pedidos de ETFs de XRP. Nomes respeitáveis como Grayscale, 21Shares, Bitwise e WisdomTree estão na fila, aguardando ansiosamente. Essa pode ser uma semana que mudará a percepção do mercado sobre o ativo. Para adicionar mais emoção ao enredo, nesse mesmo período, a decisão sobre o pedido da Ripple para obter uma carta bancária nacional também deve ser divulgada. Se aprovado, a empresa poderá operar como uma instituição bancária regulada nos Estados Unidos, oferecendo serviços de custódia, pagamentos e liquidez de maneira supervisionada. Imagine o impacto de duas aprovações simultâneas: de um lado, a legitimidade como um produto de investimento; do outro, a legitimidade como uma instituição financeira. Seria como transformar o azarão em um campeão diante de todos os céticos.

O mercado já se posiciona

Agora, observe os números. O mercado de derivativos já está enviando sinais claros. Os contratos futuros de XRP listados na CME alcançaram mais de um bilhão de dólares em interesse aberto, crescendo a uma velocidade impressionante, mais rapidamente do que qualquer outro contrato cripto. Isso demonstra que os investidores institucionais não estão apenas observando de longe, mas já estão posicionando capital de forma estratégica. Algumas projeções são realmente ousadas. Executivos da Canary Capital falam em uma demanda inicial de cinco bilhões de dólares para ETFs de XRP. Analistas do JPMorgan até estimam que, se a aprovação ocorrer, o fluxo pode atingir até oito bilhões por ano. Para contextualizar, produtos semelhantes já captaram quase 400 milhões antes mesmo da formalização dos ETFs.

O capital está pronto, apenas aguardando o sinal verde.

Estratégias inovadoras

A inovação também desempenha um papel crucial. Não se trata apenas de fundos que replicam o preço do ativo. Empresas como a Amplify propuseram ETFs que combinam exposição ao XRP com estratégias de opções, como covered calls, gerando rendimento em cima da volatilidade. Essa abordagem é uma forma eficaz de atrair investidores que buscam não apenas valorização, mas também fluxo de caixa consistente. Esse tipo de produto híbrido ilustra como o XRP pode ser adaptado para atender às expectativas dos investidores tradicionais, que valorizam estruturas financeiras mais sofisticadas.

Ceticismo e resistência

Entretanto, é essencial compreender que o caminho não é isento de obstáculos. O ceticismo permanece forte. A própria BlackRock, uma das maiores gestoras de investimentos do mundo, declarou que não pretende lançar um ETF de XRP, citando a falta de demanda entre seus clientes e os riscos regulatórios envolvidos. A ausência da maior gestora de ativos do planeta não deve ser subestimada. Para alguns, isso é uma evidência de que o XRP continua a ser um ativo de nicho. Além disso, vozes críticas no mercado alertam que a criação de um ETF neste momento poderia marcar o “início do fim”, com o risco de esvaziar rapidamente o entusiasmo dos investidores caso não haja sustentação no longo prazo. Entre o otimismo dos entusiastas e o ceticismo dos conservadores, o azarão continua a correr em silêncio.

O dilema de identidade

Por trás de toda essa dinâmica, existe um dilema de identidade. O XRP nunca teve o mesmo charme ideológico do Bitcoin, nem o brilho tecnológico do Ether. Sempre foi visto como um token utilitário, voltado para resolver problemas de liquidez em transferências internacionais. Em países como Japão e Filipinas, a Ripple já está integrada a mais de mil instituições financeiras. Isso confere ao XRP um peso operacional que vai além da mera especulação. Mas será que Wall Street se interessa por utilidade? Ou apenas por narrativas que prometem valorização rápida? Essa é a pergunta que paira no ar.

A psicologia do azarão

Vale a pena explorar o aspecto psicológico. Parte do fascínio em torno do azarão é, de fato, sua imprevisibilidade. Muitos investidores se lembram de como riram da ideia de um ETF de Bitcoin, apenas para ver bilhões de dólares inundarem esses fundos em questão de semanas. O paralelo é inevitável. O que hoje pode parecer improvável pode, em breve, se tornar inevitável. A memória recente alimenta esse raciocínio: se funcionou com Bitcoin e Ether, por que não funcionaria com XRP? É esse tipo de lógica que alimenta o apetite por risco em Wall Street.

Entre vitória e rendição

Porém, aqui entra uma reflexão mais ampla. O que significa para o ecossistema cripto ver um token marcado por controvérsias judiciais ganhar a aprovação institucional? A validação de ETFs e a concessão de uma carta bancária não só legitimariam o XRP, mas também mudariam sua narrativa histórica. De um renegado regulatório, ele se tornaria parte do establishment financeiro. Seria um arco de redenção raro de se observar nos mercados. E isso poderia ter um impacto profundo na forma como os investidores percebem outras criptomoedas que ainda enfrentam batalhas regulatórias.

Ainda assim, não podemos ignorar os riscos envolvidos. O preço do XRP tem oscilado entre 2,75 e 2,88 dólares, com bilhões em liquidações ligadas a movimentos on-chain. A volatilidade é uma realidade e pode afastar parte dos investidores. O próprio resultado de outubro é incerto. A SEC pode adiar decisões, negar alguns pedidos e aprovar outros, criando um cenário ambíguo que não satisfaz ninguém. Nesse caso, o azarão continuaria a correr, mas sem chances reais de disputar a linha de chegada.

Outro ponto a considerar é a concentração de expectativas. Se ETFs e a carta bancária forem aprovados simultaneamente, o XRP pode experimentar um boom de curto prazo, seguido por uma correção significativa, caso a euforia não se sustente em fundamentos concretos. Já vimos esse filme com outros ativos. A diferença é que, neste caso, o efeito simbólico seria ainda mais forte. Não se trataria apenas de uma valorização de preço, mas da validação de um projeto que passou anos sendo alvo de críticas e desconfiança.

E é aqui que reside o verdadeiro dilema: o XRP é visto por alguns como a ponte entre o mundo cripto e o sistema financeiro tradicional. Sua integração com bancos e instituições pode acelerar a adoção em massa. No entanto, para os puristas, isso pode soar como uma traição ao espírito original da descentralização. Afinal, o que significa uma criptomoeda se tornar um banco? É progresso ou cooptamento? É vitória ou rendição? O debate vai muito além da simples questão de preço.

O desfecho em aberto

Não é intrigante pensar sobre isso? Estamos diante de um ativo que nunca brilhou no imaginário popular, mas que pode se tornar uma peça essencial na construção de um novo sistema financeiro global. O azarão de Wall Street não corre apenas pela glória de uma corrida, mas pela chance de redefinir o que significa ser cripto em um mundo cada vez mais institucionalizado.

Independentemente do resultado, outubro de 2025 marcará uma mudança significativa. Uma aprovação dupla pode transformar o XRP em um componente central do cenário financeiro. Uma aprovação parcial pode manter o suspense e a expectativa. Uma rejeição total pode empurrar o token de volta ao limbo especulativo. Em todos esses casos, a corrida não é apenas do XRP, mas de todo o setor que observa como o establishment lida com seus antigos renegados.

O poder da narrativa de superação

No final, talvez essa seja a lição mais importante de todas. O mercado financeiro adora narrativas de superação. E poucas histórias são tão dramáticas quanto a de um ativo que passou anos sendo considerado tóxico e agora se aproxima de uma respeitabilidade inesperada. O azarão não precisa ser o mais bonito, nem o mais celebrado. Basta que cruze a linha de chegada antes dos outros.


Este artigo é apenas para fins informativos e não constitui aconselhamento financeiro. Investir em dólares ou produtos relacionados envolve riscos significativos.

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